Twitter

3 posts

Mastodon e ainda sobre trazer postagens antigas para cá

Desde o os últimos meses do ano passado tenho utilizado bastante o Mastodon como rede social. Segundo o print acima, criei um perfil na instância mastodon.social em 20 de fevereiro de 2020. Mas foi realmente com a bagunça no Twitter pós-Elon Musk que passei a ser mais assíduo por lá. Tem sido bem empolgante ver o aumento de usuários por la, o que pode ser mensurado pelo tempo que tenho levado para dar conta da minha timeline nas últimas semanas. Se antes desse movimento eu acessava o app oficial do Mastodonte no meu iPhone, normalmente uma vez ao dia, e lia todas as mensagens em menos de 10 minutos. Agora é algo que se eu repetir, vai me tomar perto de 1h.

O maior porém é que a maior parte dos perfis lusófonos/brasileiros que eu acompanho em outros lugares ainda não têm presença no Mastodonte, de forma que a maior parte da minha timeline é composta por estrangeiros, que em sua maioria são jornalistas de tecnologia e, mais especificamente, perfis que discutem ideias relativas a web aberta, indieweb e afins. Essas estão entre as temáticas que mais têm despertado a minha curiosidade desde pelo menos um ano, mas sinto falta de mais presença brasileira ou de pessoas mais próximas a mim por lá.

De toda forma, essa experiência tem evocado sensações e sentimentos que tive quando usei pelas primeiras vezes serviços como o mIRC, Orkut e as antigas plataformas de blogs do começo dos anos 2000. A ideia de estar desbravando algo novo através da Internet, com potencial para mudar de alguma maneira a forma como nos comunicamos.

Eis que ontem uma postagem de Anil Dash me chamou a atenção:

Com a diferença de que não estou cuidando de minucias como consertar links de cada post, Anil está envolvido num projeto semelhante ao que comentei no último texto que escrevi aqui no blog, de migrar todas as postagens de sites pessoais antigos meus para essa encarnação atual da qual escrevo. E nos comentários à mensagem dele, vários seguidores admitiam que estavam fazendo o mesmo. Pode parecer uma coisa ainda muito de nicho, mas é inegável que existe um movimento de retorno aos blogs pessoais que pode trazer novos sabores para essa Internet restrita às grandes redes sociais ao longo de, pelo menos, os últimos dez ou quinze anos.

Em tempo: concluí a migração das postagens dos meus blogs antigos que estavam acessíveis via Internet Archive. Conforme adiantei no último post, muita coisa que reencontrei não diz mais respeito ao que penso e, certamente, seria passível de cancelamento caso fosse escrito hoje em dia, seja por vieses racistas, machistas, misóginos, ou pela natureza dos meus interesses à época. Reencontrar com esses textos tem me feito cada vez mais confirmar a impressão de que o Felipe de 20, 20 e poucos anos, era muito mais próximo da sua versão adolescente/inconsequente, do que de uma versão adulta. De toda forma, mesmo assim quero ter esse histórico reunido no lugar em que escrevo atualmente.

Os próximos passos desse trabalho arqueológico serão organizar as tags e categorias e, caso eu tenha a paciência de Anil Dash, organizar a integridade dos links de todo o meu histórico de postagens.

Enfim 2018

A gente tenta fugir do clichês, mas alguns deles nos engolem.

O ano no Brasil só começa após o Carnaval. O efeito psicológico que a festa momesca ao servir como marco para início efetivo do ano é impressionante. Especialmente para mim, cujas férias sempre acontece, em janeiro. Quando o Carnaval ocorre no começo de fevereiro, a sensação fica ainda mais forte.

Ontem, quarta-feira de cinzas, foi dia de fica em casa. Passei a manha use toda no computador, lendo coisas relacionadas a produtividade, incluindo referências e casos de pessoas anônimas que usam esse Day One para manter um diário. Passei um bom tempo desligado de conteúdo escrito sobre tecnologia, aplicativos. Mas uma certa inércia provocada após refletir sobre o meu uso de rede sociais me levou a algumas escolhas.

Saí de uma série de grupos de Whatsapp, apaguei o aplicativo do Facebook do meu telefone (acabei de fazer o mesmo em relação ao iPad do qual escrevo), e deixei de seguir uma série de perfis no Twitter e Instagram. Tudo seguindo a máxima de usar o meu tempo de uma forma mais proveitosa e de tentar amenizar a ansiedade que o uso dessas formas do conexão trazem.

Venho refletindo bastante sobre a passividade no consumo de conteúdo que o Facebook e similares incitam. Sinto falta de um tempo não muito distante em que o meu uso da internet era mais proativo, sem depender do que o algoritmo das redes sociais azuis me sugerem.
Seja lendo e participando de fóruns como o Making Off, ou visitando os próprios sites produtores de conteúdo, tenho uma certa saudade de como a internet funcionava para mim antes do estabelecimento do Facebook, em especial.

Na busca por mais autonomia sobre o meu consumo digital, me vi voltando a utilizar o a Feedly, seguindo novos conteúdos ou retomando alguns antigos dos quais já fui fiel leitor. Mesmo considerando que devo realmente reduzir minha presença nas redes sociais, preciso ter cuidado para não me abarrotar com um feed cheio de noticiais não tão significativas, que acabariam me privando daqueles conteúdos que eu já havia decidido priorizar em 2018: livros e filmes.

Ainda não engrenei em nenhuma leitura nesse ano. Recomecei a ler o “Sapiens” em janeiro, mas o livro ainda não me fisgou. Vou tentar como estratégia manter duas leituras simultâneas: um livro de ficção e outro de não-ficção. O obstáculo que vim colocando para mim mesmo nas últimas semanas é que precisava encontrar a leitura ideal no Lelivros ou comprar algo novo na Amazon. Mas não posso me enganar. Minha estante e Kindle estão cheios de coisas esperando a minha atenção.

Pela praticidade, dessa vez vou priorizar o e-reader e começar hoje mesmo o último de Murakami que pus do leitor.

ABC, Champions League e estafa de conteúdo

Hoje o ABC jogou pela Copa do Brasil e classificou-se após empatar com o Ceilândia, no Distrito Federal. 1×1. Agora enfrentaremos o Audax (SP), que despachou o Mequinha.

Ainda estou boquiaberto com a sapatada que o Barcelona levou do PSG. 4×0, em Paris. Pena não ter podido assistir esse jogo.

Na verdade, eu pude assistir um jogo queria, mas acabei sem fazê-lo. Botafogo X Olímpia, do Paraguai, pela Libertadores. Estava em casa, acordado, com o jogo passando na TV, mas a preguiça me dominou e passei a noite perdendo meu tempo fuçando besteira no celular. Tirei o app do Facebook do meu iPhone e iPad, no intuito de perder menos tempo com redes sociais, mas acabo me distraindo muito com o Twitter e o Instagram. Minha justificativa , nada convincente, é que o Twitter e o insta têm alguma nobreza que o Face não tem, ou conteúdo mais relevante. Mas, no fim das contas, fico meio zumbi fazendo scrolling nos apps, enquanto poderia estar lendo, vendo um filme, série, ou brincando com Nina. Talvez seja hora de fazer outro mutirão de unfollow ou simplesmente escolher outro app para apagar.

Também preciso parar de ficar mandando material para o Pocket, sem que eu consiga dar conta de ler tudo. Na verdade, ando me sentindo meio sufocado com a quantidade de coisas que acumulo para acompanhar. Kindle cheio de livros, MUBI, Amazon Prime e Netflix abarrotados de filmes, séries no Plex, centenas de livros físicos na estante, por ler, Xbox e Recalbox com centenas/milhares de jogos por começar.

Como filtrar tudo isso e chegar a um pretenso essencial?