Zelda

2 posts

Tentando voltar à Hyrule

Em fevereiro escrevi sobre a empolgação de recomeçar a jogar The Legend of Zelda: Breath of The Wild. Eu estava recém retornando das férias e acreditava que conseguiria continuar a jogatina mesmo com a retomada da rotina de trabalho e outras ocupações. Acabou que pouco depois de publicar aquela postagem, não retornei mais a Hyrule. E, ainda que, obviamente, o tempo tenha se tornado mais escasso com o retorno às atividades laborais, esse não é o único motivo da minha negligência com Zelda.

Apesar de visualmente encantador e com mecânicas que me fazem querer viver no mesmo mundo que Link, o escopo do jogo é de certa forma intimidador, seja pelas dimensões do mundo aberto ou pelo próprio tamanho da campanha. O fato é que jogos que funcionam bem em sessões menores têm me seduzido mais nos últimos tempos.

Por exemplo: eu ainda não havia explorado as novas pistas que a Nintendo tem liberado aos poucos para o Mario Kart 8, e agora tenho tentado fechar todos o campeonatos com troféu de ouro em 200cc. Cada tentativa não chega a tomar 10 minutos e me parece bem mais exequível que uma sessão de Breath of The Wild.

Também tenho jogado bastante o Tetris original de Game Boy, na versão do Nintendo Switch Online, que eu já vinha explorando levemente desde o lançamento, e que tem me interessado mais desde que assisti ao filme homônimo.

O fato é que tenho negligenciado um dos apelos potenciais do Switch que é a portabilidade. De alguma maneira não tem parecido natural para mim jogar títulos de mais fôlego na forma portátil do console, resumindo essa experiência a jogos mais casuais como os já citados Mário Kart 8, Tetris e, também, Animal Crossing: New Horizons. Mas refletindo sobre isso, lembro que da primeira vez que joguei o último lançamento da franquia Legend of Zelda, revezei bastante entre jogar na TV e no modo portátil, e a experiência não foi lá tão ruim. Talvez a experiência de jogar na TV cobre um pedágio que está me afastando do jogo: ficar num ambiente mais desconfortável (no geral a sala do meu apartamento é um dos cômodos mais quentes do lar) e depender de o aparelho não estar sendo usado por Nina ou Márcia.

Na iminência do lançamento do Tears of the Kingdom me vejo querendo retornar para concluir o Breath of The Wild, para a partir daí poder me dedicar ao novo jogo. Talvez o caminho passe por priorizar o modo portátil do Nintendo Switch.

De volta à Hyrule

Desde o fim de janeiro venho jogando um novo save de The Legend Of Zelda Breath of The Wild e tem sido uma experiência incrível. Falo que estou em um novo save porque comecei no jogo em outubro de 2017, quando comprei o Nintendo Switch. Nessa primeira tentativa, dediquei mais de 120h, mas como as jogatinas foram espaçadas, acabei não indo até o fim, o que também se deve ao fato de à época eu ter retomado o hobby dos videogames e estar com muitos jogos na fila.

Lembro que quando peguei o atual console da Nintendo, meio que tinha estabelecido que jogaria um jogo por vez e não sairia comprando outros até que terminasse ou desistisse do que estivesse jogando no momento. Contudo, pouco tempo depois, me vi imerso na cultura dos videogames, sobretudo na sua faceta de colecionismo, e passei a comprar muitos jogos e consoles, o que, obviamente teve um impacto imediato no tamanho do meu backlog e, sobretudo, na forma como eu encarava as gameplays. De maneira geral eu estava jogando muita coisa com pressa, no intuito de passar para o próximo jogo da fila, o que acabava gerando alguma ansiedade em mim, além de me tolher a possibilidade de descobrir bons aspectos de alguns games, que só uma experiência sem pressa e atropelos é capaz de proporcional.

Foi mais ou menos o que aconteceu quando joguei Super Mario Odyssey, entre julho e agosto de 2018. A pressão pelos outros jogos já comprados me fez acelerar a jogatina em direção ao mínimo necessário para terminar o game, além de fugir dos aspectos mais colecionistas da obra, como completar as Power Moons.

Ainda que vez ou outra eu balance ao ver algum amiibo ou tenha aquela vontade repentina de voltar a comprar e empilhar na estante cópias físicas de alguns jogos, no fim de 2021 me desfiz da pequena coleção que acabei construindo e passei a ter uma relação mais minimalista com os games. E foi nesse contexto que eu embarquei numa nova jogatina de Zelda BOTW. Tenho me empolgado bastante e, certamente pela qualidade do design de mundo que a Nintendo imprimiu ao jogo, a vontade atual é de imergir e passar a maior parte do tempo possível em Hyrule. Ao contrário da minha primeira incursão, dessa vez tenho me motivado a fazer todas as side quests, além de explorado com calma e minúcia os diferentes lugares para onde o jogo me leva.

Além disso, essa tem sido uma experiência mais compartilhada com Nina, que chega a se irritar quando por ventura eu começo uma sessão de jogatina sem que ela esteja junto. Ela também tem um jogado um save próprio, mas faz questão de estar comigo quando jogo no meu. Naquela primeira vez que joguei, Nina também se interessava, mas ainda desacostumada ao controle de câmera em jogos 3D, não conseguia ir muito além. Dessa vez, tem sido muito bacana presenciar como ela tem lidado com desenvoltura, desde a destreza para os comandos, até a tradução de diálogos.