Star Wars Jedi: Fallen Order - primeiras impressões

Nesse feriado de Dia do Trabalho comecei a jogar Star Wars Jedi: Fallen Order. Há muito tempo eu não adentrava a madrugada jogando videogames, mas esse jogo me fisgou.

Os meus planos para o feriado incluíam continuar a campanha de Fallout 4 que iniciei após me empolgar com a série do Amazon Prime. Mas após Star Wars Jedi: Survivor entrar no catálogo do Game Pass decidi dar uma chance a Fallen Order.

A minha relação com Star Wars é tardia. Assisti aos filmes da primeira trilogia nas reprises que a Globo fez ao longo dos anos 1990 e à época não dei muita importância. Quando as prequelas começaram a sair, no início dos anos 2000, voltei aos filmes clássicos e passei a me interessar mais, apesar de praticamente não ter tido contato com o universo expandido de animações, livros e videogames.

Mas a realidade é que, com exceção dos episódios IV, VIII e de Rogue One, o meu interesse sempre foi mais pelo entorno de Star Wars do que propriamente pelas histórias contadas em cada filme. Gosto especialmente da ambientação especial, da geografia e da diversidade de planetas e espécies de personagens.

Foi com esses antecedentes que cheguei a Fallen Order.

Em relação à jogabilidade, o jogo não esconde de onde parte nos seus principais aspectos: puzzles que remetem a Breath of The Wild; combate desafiador soulslike; exploração com muito parkour - no estilo de Uncharted - e com possibilidade de desbloqueio de aréas previamente inacessíveis, seguindo a cartilha metroidvania.

Eu tinha ouvido falar que o jogo podia intimidar a quem não tem fluência nos combates estilo Souls, e de fato me assustei um pouco com a dificuldade de alguns dos primeiros encontros. Contudo, à medida que novas habilidades vão sendo desbloqueadas, via pontos de experiência ou através do reencontro do personagem com a força, os embates vão se tornando mais acessíveis para jogadores não tão habilidosos quanto eu.

Ao todo, entre a madrugada de terça para quarta-feira e o fim da tarde do feriado de ontem, devo ter jogado cerca de seis horas. Isso foi suficiente para despertar em mim a vontade de passar mais tempo no universo Star Wars. Além de estar empolgado para seguir nesse Fallen Order e após isso jogar o Survivor, pensei em assistir aos primeiros filmes com Nina. Também estou considerando assistir a Clone Wars e Andor, sobre os quais já ouvi comentários positivos.

Dia 2 do #WeblogPoMo2024

Weblog Posting Month, 2024

Através dessa postagem de Robb Knight fiquei sabendo do #WeblogPoMo2024, proposto por Anne Greens:

What is it? Weblog Posting Month, 2024! If you use weblog.lol, or otherwise have a personal blog, you should absolutely participate in this month-long blog posting extravaganza!

Encarei o desafio e me esforçarei para postar o máximo possível aqui no blog ao longo do mês de maio, de preferência diariamente.

Acho que é um bom momento para registrar um pouco do meu processo de composição nos últimos tempos, que se intensificou um pouco com os singles que o SeuZé lançou em fevereiro e março e com o disco maior que pretendemos soltar ainda nesse ano.

Dia 1 do #WeblogPoMo2024

Ouvindo música com Nina

Ao longo das últimas semanas tenho ouvido bastante música pop, sobretudo Kate Perry, Miles Cyrus, Lady Gaga e Taylor Swift. A despeito de eu gostar genuinamente de algumas músicas das artistas mencionadas - é o caso de Flowers - as escolhas têm sido de Nina, que cada vez mais tem desenvolvido um gosto por ouvir música deliberadamente.

A maneira como ela pergunta, tão logo entra no carro, “posso colocar música?”, me remete automaticamente a quando eu começava a desenvolver o meu próprio gosto musical. Pelos idos de 1993 ou 1994 eu tinha um ritual matinal que contava com a boa vontade dos meus pais e consistia em 2 passos que se repetiram à exaustão ao longo de alguns bons meses.

  1. Enquanto me aprontava para ir à escola, dava play num VHS com o registro de um show do Asa de Águia que gravei a partir de uma transmissão da Band Natal.
  2. Já no carro, no caminho para o Salesiano, ouvia uma fita do Acústico Nirvana.

A cada vez que o cansaço pela repetição me deixa prestes a pedir para ela escolher outras músicas, lembro da maneira paciente com que a minhas obsessões da época foram acolhidas por painho e mainha.

Um adendo: em alguns dias eu e Nina combinamos de cada um escolher uma música ou um disco e irmos nos revezando. Nessas, sem pressão e de maneira relativamente espontânea, ela acaba escolhendo um álbum que conheceu através do que eu botei para tocar. Foi o caso de Another One, de Mac Demarco.

Terminei de ler As pequenas virtudes, de Natalia Ginzburg. 📚

Cantinho para leitura

Manton o responsável pelo Micro.blog, misto de rede social e serviço de hospedagem web, publicou recentemente uma breve postagem sobre o rearranjo que fez no seu espaço de leitura. Fiquei pensando em organizar algo semelhante para mim: um cantinho da casa com uma cadeira minimamente confortável, bem iluminado, arejado e, de preferência num cômodo mais silencioso do apartamento.

Qual não foi a minha surpresa ao saber que já disponho de um lugar com essas características, mas que eu ainda não associava a um espaço para leitura como o faço como a minha cama e o sofá da sala.

Cantinho para leitura que já me esperava aqui em casa.

Comecei a ler Linha M, de Patti Smith. 📚

Empolgado para voltar a fazer parcerias em composições. Ontem recebi uma letra linda de Anderson Foca para musicar.

Comecei a ler: As pequenas virtudes, de Natalia Ginzburg. 📚

Terminei agora de ler agora Primeira pessoa do singular, de Haruki Murakami. 📚

Livro de contos em que o autor japonês se assume como narrador e levanta a dúvida sobre o quão autobiográficas são as tramas narradas. Alguns temas presentes em obras anteriores retornam aqui: referências à música ocidental - sobretudo música clássica - e animais antropomorfizados, por exemplo.

Começando mais um Murakami: Primeira pessoa do singular 📚

Indo ao Domingo na Arena com Márcia e Nina para ver os cachorros para adoção.

A morte em Jorge Amado e a perda de um tio

Não, não era a mesma coisa a presença da morte lá na cidade da Bahia, rápida e banal nas rodas de um automóvel, nos leitos dos hospitais, nas páginas de desastres e crimes dos jornais. Era leviana e secundária, por vezes não merecia mais de duas linhas nas gazetas, desaparecendo em meio a tanta vida a cercá-la, a tanto ruído e luta, não havia lugar para ela nos corações apressados, dissolvia-se sua sombra nas luzes, e os risos não deixavam ouvir seu murmúrio. Seu podre bafo, como iriam senti-lo as mulheres envoltas em perfume, em cálidas vagas de desejo? Passava a mote despercebida, apenas executava sua tarefa e já desaparecia, não havia tempo a perder com ela em meio a tanta ânsia e pressa de viver.

“Fulano morreu”, anunciava-se, nos jornais, nos rádios, nas conversas, dizia-se “coitado!, pobre dele!, já foi tarde, era tão moço ainda…”, e não se falava mais nisso, havia muito assuntoa comentar, muito riso a rir, muita ambição a satisfazer, muita vida a viver.

Em Periperi era diferente: não era vida feita de trabalho e luta, de ambição e dificuldades, de amor e ódio, de esperança e despero, a que ali viviam ou vegetavam. Ali o tempo se alongava, nada o apressava, os acontecimentos duravam acontecendo. E o mais longo de todos era a morte, jamais banal e rápida, sempre fulgurante e demorada, apagando, com sua chegada, todas aparências de vida do lugar.

Jorge Amado, em Os Velhos Marinheiros ou o Capitão de Longo Curso

Escrevo de Tabatinga, onde estou desde ontem sem conseguir largar o Jorge Amado sobre o qual falei nos últimos posts.

Pouco após passar pelo trecho do livro citado acima, recebi a notícia de que o meu tio Cesar, irmão de mainha, faleceu. Ele já vinha bastante doente há mais de um ano e desde o fim de 2023 teve qualquer recuperação desacreditada pelos médicos.

Ainda que nós familiares não tenhamos dúvidas de que sua passagem foi um descanso dado o visível sofrimento físico que ele enfrentava cotidianamente, fica esse sentimento estranho de conformação com a ideia de que “ele já vinha sofrendo tanto”, como se morte dele não estivesse não estivesse acontecendo na Periperi que Jorge Amado representou em Os Velhos Marinheiros, mas na Salvador idealizada no livro.

Vai ver são apenas os vestígios ainda não expurgados da minha formação cristã, que lá do incosciente continuam cobrando de mim uma atitude expiatória diante da morte. De Tio César vão ficar as lembranças da maneira leve e inconsequente com que levava a vida, da convivência mais intensa nos anos de veraneio em Cotovelo, além de dois versos do hino do Fluminense, frase-síntese que entoava quando o pileque dava os primeiros sinais:

Sou tricolor de coração sou to time tantas vezes campeão

Descanse em paz, tio.

Jorge Amado a caminho

Após a tentativa frustrada de ontem de pegar emprestado um Jorge Amado na Biblioteca Câmara Cascudo, acabei de comprar Os velhos marinheiros, ou, O capitão-de-longo-curso. Com a previsão de chegada até sexta-feira, essa vai ser a minha leitura do fim de semana em Tabatinga.

Os quase 50 livros publicados pelo autor baiano dificultaram a escolha do título em que vou debutar na sua obra, mas após descobrir que Os Velhos Marinheiros está na lista dos favoritos da vida de Tom Crithlow, um dos meus escritores favoritos na web aberta, fiz a minha escolha.

O livro físico estava custando quase o dobro do ebook, o que por si só já justificaria a minha opção de leitura no Kindle, mas como Márcia manifestou o interesse em voltar à obra de Jorge Amado, peguei o impresso nessa edição da Companhia das Letras, para que compartilhemos com mais facilidade.

Primeiras impressões sobre a Biblioteca Câmara Cascudo

Interior da Biblioteca Câmara Cascudo Parte do acervo disponível para empréstimo na Biblioteca Câmara Cascudo

Todos temos lacunas em nossos repertórios de leitores, ouvintes de música ou amantes de filmes. Dentre as minhas, uma das que mais venho pensando em preencher é Jorge Amado, de quem até hoje nada li e cuja obra só tive acesso através das adaptações para telenovelas e cinema.

Hoje, no meu intervalo para almoço, saí decidido a começar o meu encontro com o escritor baiano.

Costumo almoçar em self-services nas redondezas da Secretaria Municipal de Educação. Um deles é o Pitéu, que fica na Rua Potengi, exatamente em frente à Biblioteca Câmara Cascudo. Desde que o equipamento foi reinaururado após uma reforma quase interminável, eu vinha cogitando uma visita. Hoje, enquanto deglutia a honesta carne de sol da nata oferecida pelo restaurante e observava a fachada da biblioteca, decidi atravessar a rua após pagar a conta.

Fui à biblioteca com três objetivos principais: fazer o meu cadastro para poder pegar livros emprestados, explorar rapidamente o prédio e o acervo e encontrar alguma obra de Jorge Amado. Pelas minhas experiências recentes em visitas a equipamentos culturais reinaugurados nos últimos anos pelo governo estadual - mais especificamente a Fortaleza dos Reis Magos e o Complexo Cultural da Rampa - eu não tinha grandes espectativas, portanto não me surpreendi com a falta de estrutura da biblioteca. Resumo nos tópicos abaixo:

  • Já se passaram mais de dois anos da reabertura e a Câmara Cascudo ainda não dispõe de um sistema digital para cadastro dos usuários e processamento dos empréstimos.
  • A estrutura de ar-condicionado central do prédio não funciona, de maneira que apenas a sala com o acervo já catalogado é climatizada.
  • O acervo disponível para empréstimo não foi renovado para a reabertura da biblioteca, além de não ter passado por nenhum procedimento de higienização. Sem exceção, todos os livros que manipulei estavam muito empoeirados, mesmo se considerando serem exemplarem revativamente antigos.

Explorei com mais atenção as seções de literatura nacional e informática. Nessa última, até pela pouca idade do tema, havia um acervo com livros mais bem conservados, ainda que mal higienizados. Cheguei a folhear e cogitei pegar emprestado um sobre web design, mas era uma edição do fim década de 1990 e as linguagens que o material parecia abordar não seriam úteis para a customização deste blog, a principal razão do meu interesse pela temática.

No corredor de literatura brasileira fui direto à letra A de Amado e no caminho até lá me deparei com a situação já mencionada: acervo desatualizado e, mais importante, mal higienizado. Antecipando-me aos que me acusarão de etarismo editorial, o meu incômodo não é exatamente com a data de publicação dos livros disponíveis. Por mais que eu tenha sentido falta de o acervo da biblioteca contemplar autores brasileiros e estrangeiros contemporâneos, a falta de higienização que tem insistido em destacar tem um manifestação tátil nessa biblioteca estadual. Uma rápida manueada em alguns livros aleatórios foi suficiente para deixar as minhas mãos bem empoeiradas e desencadear reações alérgicas.

Fui um frequentador assíduo da Biblioteca Central Zila Mamede durante a minha graduação e mestrado na UFRN e, tanto entre os livros relacionados nas ementas das disciplinas que cursei, quanto os de literatura e outras categorias que eu tomava emprestado sem obrigações acadêmicas, estavam exemplares com décadas de publicação e amarelados pela ação do tempo, mas ainda assim limpos sem a poeira que encontrei na Câmara Cascudo.

É lamentável que essa situação aconteça naquela que, excetuando-se a BCZM, é considerada a maior biblioteca do Rio Grande do Norte, após anos fechada para requalificação, localizada numa cidade do tamanho de Natal, beirando os 800.000 habitantes e capital de uma das unidades da federação. Esse sentimento fica ainda mais forte após experiências em bibliotecas de outras cidades, como foi o caso da que tive em Medellin no começo desse mês.

Dessa forma, meu debute na obra de Jorge Amado vai ser adiado por mais alguns dias. Vou buscar em algum sebo da cidade ou recorrer ao único que pode garantir uma leitura sem poeira: o Kindle.

Filmes vistos em 2023


Montagem automática gerada pelo Letterboxd com os pôsteres de todos os filmes que assisti em 2023

Em 2016 passei a registrar os filmes que assisto. Foi quando comecei a utilizar o Letterboxd, uma rede social/plataforma voltada para cinema. Além do fator social, de poder acompanhar o que as pessoas que você segue têm assistido e que impressões têm postado, o Letterboxd tem um sistema de estatísticas fantástico que gera dados a partir das películas que você registra por lá.

No meu year in review de 2023, a plataforma me avisa que assisti 38 filmes ao todo.

Foi um ano em que me dediquei à filmografia de Joachin Trier, do qual assisti a A Pior Pessoa do Mundo e Reprise. Também continuei a apresentar para Nina alguns clássicos que vi quando tinha uma idade próxima aos 10 anos que ela tem hoje. Vimos os dois primeiros Esqueceram de Mim e trilogia De Volta Para o Futuro.

Seguem abaixo algumas estatísticas geradas pelo Letterboxd para os filmes que assisti ao longo do ano.
Resumo 2023


Distribuição anual e semanal de filmes assistidos


Primeiro e último filmes assistidos em 2023


Filmes assistidos por país


Gêneros, países e idiomas


Diretores mais assistidos em 2023


Atores e artrizes mais assistidos em 2023


Desde 2016 venho reunindo aqui no blog as estatísticas que o Letterboxd gera a cada ano. Veja como foi nos anos anteriores: 2022, 2021, 2020, 2019, 2018, 2017, 2016.

Todos esses compilados anuais estão reunidos aqui.

Livros lidos em 2023

Livros lidos em 2023.

Mais uma vez Haruki Murakami esteve entre os mais lidos do ano. Dessa vez com um romance em dois volumes e um não-ficção. 2023 também foi o ano em que uma leitura foi levando a outras. Foi continuando a explorar a obra de Alejandro Zambra, sobretudo Poeta Chileno, que finalmente cheguei a Natalia Ginzburg. Partindo de Amanhã, Amanhã e Ainda Outro Amanhã, fui buscar outros títulos de Gabrielle Zevin e cheguei ao delicioso A Vida do Livreiro A. J. Fikry, que por sua vez me levou a Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong.

Mantendo a tradição, segue a relação de livros lidos ao longo do ano, com alguns comentários sobre os títulos que mais me chamaram a atenção:

Crônicas
Bob Dylan

Livro de memórias do bardo judeu romântico de Minessota focado na profissionalização da sua carreira com a chegada a Nova Iorque, em 1961, e dali em diante. Além dos relatos esperados sobre os bastidores da cena musical novaiorquina daquela época, traz reflexões do cantautor sobre a sua intencionalidade no trato com o folk americano e sobre as dificuldades que enfrentou para lidar com a cobrança por, sem escolha, ter ser tornado o porta-voz de uma geração.

O Assassinato do Comendador - Vol. 1
Haruki Murakami

Continuo na minha obsessão por Murakami. Nesse que foi um dos últimos títulos lançados no Brasil, o autor japonês mais uma vez desenvolve uma história repleta de referências à cultura ocidental, sobretudo à música de concerto europeia e ao jazz dos Estados Unidos, ambientada num contexto de realismo fantástico e gatos. Muitos gatos.

O Assassinato do Comendador - Vol. 2
Haruki Murakami

Continuo na minha obsessão por Murakami. Nesse que foi o último título lançado no Brasil, o autor japonês mais uma vez traz uma desenvolve uma história repleta de referências à cultura ocidental, sobretudo à música de concerto europeia e ao jazz dos Estados Unidos, ambientada num contexto de realismo fantástico e gatos. Muitos gatos.

Abandonar um Gato
Haruki Murakami

Aqui Murakami mobiliza memórias de infância e reflete sobre algumas das suas relações familiares - especialmente com o pai - enquanto evidencia muitos traumas do povo japonês que experienciou a Segunda Guerra Mundial e os seus desdobramentos no país. É também nesse livro onde o autor revela o que provavelmente é a origem da sua obsessão por gatos e da presença recorrente dos bichanos na sua obra.

Poeta Chileno
Alejandro Zambra

Em mais uma história ambientada em Santiago, me vi compreendendo uma série de referências a lugares, comidas e da capital do Chile, que pude experimentar nas duas vezes em que estive na cidade.

Da mesma forma, as pequenas piscadelas que Zambra dá aos leitores da sua geração (sou de 82, ele de 75), sobretudo ao citar músicas, bandas, e videogames mais universais e caros a quem cresceu nos anos 1980 e 1990 e estava minimamente atento à cultura pop daquele período, criam um vínculo que me parece bem mais natural do que em outras obras que lançam mão de referências generacionais, como Jogador Nº 1, de Ernest Cline.

Aqui escrevi mais a respeito das minhas impressões sobre Poeta Chileno.

Meus Documentos
Alejandro Zambra

Lado C: a Trajetória Musical de Caetano Veloso Até a Reinvenção com a BandaCê
Luiz Felipe Carneiro e Tito Guedes

Amanhã, Amanhã, e Ainda Outro Amanhã
Gabrielle Zevin

A Vida do Livreiro A. J. Fikry
Gabrielle Zevin

Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong
Hwang Bo-reum

Léxico Familiar
Natália Ginzburg

A Conspiração do Violino
Brendan Slocumb


Desde 2016 venho listando as minhas leituras anuais. Veja que livros foram lidos por aqui em anos anteriores: 2022, 2021, 2020, 2019, 2018, 2017, 2016.

Todos esses compilados anuais estão reunidos aqui.

Mais ouvidas em 2023


Estatísticas geradas pelo rewind.musicorumapp.com a partir de dados do Last.fm

Apesar de interagir pouco nas redes sociais, gosto de acompanhar em silêncio alguns virais que revelam alguns dos hábitos de pessoas que sigo e por quem me interesso. Exemplo disso são as retrospectivas musicais das plataformas de streaming, que acontecem anualmente, no final de novembro.

A cada ano mais pessoas têm demonstrado uma postura reativa a essas interações sob o argumento de que esses recaps não são mais que uma estratégia de marketing dos serviços de streaming para atrair e fidelizar usuários. Nunca duvidei disso, mas as minhas maiores ressalvas em relação a essas retrospectivas, são os fatos de ignorarem o mês de dezembro e trazerem dados resumidos quando comparados ao que serviços como Last.fm fazem.

Esperei pelo último play de 2023 e até voltar da viagem de férias para mais uma vez compartilhar o resumo do que ouvi no ano passado.


Colagem com a capa dos 100 discos mais ouvidos em 2023


Desde 2016 venho listando aqui no blog as minhas estatísticas de músicas e discos ouvidos. Os anos anteriores ficaram assim: 2022, 2021, 2020, 2019, 2018, 2017, 2016

Todos as estatísticas anuais estão reunidas aqui

Viagem Colômbia 2024 - Dia 17

Hoje começaremos a voltar para Natal. Pegaremos um vôo aqui de Bogotá para Belo Horizonte às 22h. De BH iremos a São Paulo e, por fim, de Garulhos a Natal, com chegada prevista para amanhã às 16h30.

Como relatei anteriormente, ontem foi um dia de viagem atípico. Ficamos no hospital, com Nina, da 1h da madrugada até mais ou menos meio-dia. A internação resolveu o vômito insistente, apesar de ela ainda estar um pouco indisposta. Dessa forma, passamos a maior parte do dia no apartamento. Saí apenas para ir ao supermercado e ao para procurar um brinquedo que Nina viu num vendedor de rua. Não achei o que procurava e voltei com uma camisa com estampa de Nezuko, personagem de Demon Slayer, o anime que ela está acompanhando ultimamente.

Mais uma vez fiz esse deslocamento utilizando as bicicletas do Tembici. Dessa vez optei por uma elétrica. Excetuando-se um teste que fiz dentro de uma Decathlon, em Belo Horizonte, essa foi a minha primeira experiência mais demorada com uma bike elétrica e gostei demais. Ainda que o percurso entre o Chapinero - bairro onde estou hospedado - e o Centro, seja predominantemente plano, dá para sentir o potencial desse pedal assistido em caminhos mais inclinados. Quando o preço das elétricas baixar um pouco mais, vou tentar me organizar para pegar uma ou, pelo menos, adaptar a que já tenho.


Algumas estatísticas do dia:

  • Temperatura mínima: 7º
  • Temperatura máxima: 22º
  • Passos dados: 8426
  • Distância percorrida caminhando: 5,7 km

Tentei registrar as algumas das minhas impressões sobre essa viagem à Colômbia numa espécie de diário público. Segue o que escrevi nos dias anteriores: dia 16, dia 15, dia 14, dia 13, dia 12, dia 11, dia 10, dia 09, dia 08, dia 07.2, dia 07, dia 06, dia 05, dia 04, dia 03, dia 02, dia 01.

Todos esses pequenos relatos estão reunidos nessa página.

Viagem Colômbia 2024 - Dia 16

Escrevo do Hospital Reina Sofía. Nina sentiu-se mal na noite anterior e após vomitar sem parar, acionamos o seguro-viagem e estamos aqui desde 1h30 da madrugada. O diagnóstico foi de uma virose genérica. Como a pequena perdeu muito líquido e o estômago não estava segurando nada, ela está no soro e só vai ter alta quando conseguir comer algo.


Bogotá vista de cima do Morro Monteserrate

Ontem fomos ao Monteserrate, um dos cerros de Bogotá, de onde se tem uma vista impressionante da cidade. O percurso entre a base e o topo do morro se faz por teleférico, ainda que seja possível ir a pés, o que fizemos na volta. Durante esse retorno, Ninoca já dava sinais de que não estava se sentindo muito bem, se queixando de incômodo na barriga.

Esse foi um dos destinos em que encontramos mais turistas estrangeiros concentrados, incluindo brasileiros. Os viajantes do Brasil, porém, não são maioria por aqui, a contrário de outros destinos sulamericanos como Santiago e Buenos Aires.

Saindo do Monteserrate, o nosso próximo destino era o Museu Botero, para aonde programamos ir de táxi ou ônibus. Decidimos caminhar um pouco para procurar um lugar para almoçar e acabamos chegando andando ao equipamento cultural.


Em alguma rua do centro de Bogotá, no caminho para o Museu Botero

O museu localizado nas imediações de La Candelária, onde fica o centro histórico da cidade, foi uma das melhores supresas da viagem até aqui. Cheguei lá sem poucas informações a respeito do acervo e me deleitei quando descobri que todas as obras expostas tiveram origem em doações feitas por Botero. Uma curadoria de luxo.


O Louvre, sol poente, geada. Camille Pisarro, 1901.

Renoir, Monet, Camille Pisarro e Salvador Dali estão entre os artistas representados no espaço, além de dezenas de obras do artista colombiano que dá nome ao museu. Grata surpresa. Foi muito gratificante ver Nina explorando as exposições por conta própria e emitando opiniões sobre as obras que mais chamavam a sua atenção, que costumavam ser as com conteúdo mais fotorrealista.

Broadway Bus at Liberty Street. Richart Estes, 1996. O favorito de Nina no Museu Botero.

Algumas estatísticas do dia:

  • Temperatura mínima: 7º
  • Temperatura máxima: 23º
  • Passos dados: 15906
  • Distância percorrida caminhando: 11,7 km

Tentei registrar as algumas das minhas impressões sobre essa viagem à Colômbia numa espécie de diário público. Segue o que escrevi nos dias anteriores: dia 15, dia 14, dia 13, dia 12, dia 11, dia 10, dia 09, dia 08, dia 07.2, dia 07, dia 06, dia 05, dia 04, dia 03, dia 02, dia 01.

Todos esses pequenos relatos estão reunidos nessa página.

Viagem Colômbia 2024 - Dia 15

Desde que passei a me interessar mais ativamente por discussões sobre mobilidade urbana, eu já tinha uma breve noção do quanto os sistemas de ônibus e ciclovias de Bogotá eram referência.

Desde que chegamos a Bogotá, há quatro dias, a vontade de explorar a cidade em uma bicicleta só foi aumentando. Ontem deu certo.

A nossa programação para ontem incluía conhecer o Mercado de Pulgas de Usaquén>. Fizemos esse passeio pela manhã, mas Márcia acordou incomodada com com enjôos e dor de cabeça, o que nos fez voltar mais cedo para o apartamento em que estamos hospedados.

Na verdade, o Mercado de Las Pulgas está mais para para uma feira de artesanato. Pude ver algumas coisas bem interessantes como umas peças em madeira representando umas janelas típicas colombianas e umas esculturas feitas a partir de discos de vinil, mas essa feira de rua se mostrou menos caótica e surpreendente do que a Feira de San Telmo, em Buenos Aires ou a Feira Hippie de Belo Horizonte.

Com Márcia indisposta e Nina sem querer me acompanhar na exploração vespertina da cidade, estava aí a minha oportunidade de pedalar sem destino pelas ruas da capital da Colômbia.

Por aqui há o Tembici, o sistema brasileiro de aluguel de bicicletas que está presente em cidades como São Paulo, Rio e Belo Horizonte e que é mais conhecido pela parceria com o Itaú e pelas bikes laranja que podem ser encontradas nos maiores centros urbanos do Brasil.

Estação da TemBici em Bogotá

A minha primeira experiência com esse estilo de locação de bicicletas se deu em dezembro de 2011, em Paris, quando pude me deslocar pela cidade com Márcia através do Velib, serviço que inspirou o própria Tembici, como Maurício Villar, fundador da empresa explicou nesse episódio do Tecnocast.

Àquela época, o Velib estava em funcionamento há pouco mais de 4 anos e usava como base muitas ciclovias e faixas exclusivas, mas também dependia de faixas compartilhadas com ônibus, o que dava toda uma emoção aos deslocamentos, mas não me parecia o modelo mais adequado.

É mais ou menos a ideia por trás das ciclofaixas implantadas em Natal ao longo dos últimos anos, onde há uma quantidade razoável de faixas exclusivas para as bicicletas em Petrópolis, Tirol e em algumas avenidas da Zona Norte como a Moema Tinôco e a Itapetinga, mas com a insistência em demarcar faixas compartilhadas com ônibus em vias movimentadas como a Salgado Filho/Hermes da Fonseca, Prudente de Morais e Engenheiro Roberto Freire.

Aqui em Bogotá a opção foi por priorizar faixas exclusivas em ruas e avenidas paralelas às principais em detrimento das faixas compartilhadas com ônibus em via de maior circulação. Em Natal seria o equivalente a abrir mão da faixa compartilhada da Avenida Engenheiro Roberto Freire e optar por demarcar ciclovias exclusivas nas ruas mais para dentro de Capim Macio, no sentido Ponta Negra.

O resultado desse sistema adotado aqui na capital da Colômbia é que o modal bicicleta é largamente utilizado pelas pessoas como meio de transporte do dia a dia, além de estar bem integrado ao outro modal principal que são os ônibus ao estilo do BRT brasileiro. Em várias situações presenciei usuários do transporte público embarcando nos ônibus com as suas bicicletas, descendo mais à frente e seguindo o restante do seu trajeto no veículo de duas rodas. Por sinal, os ônibus são um tema a parte em se tratando de Bogotá. Utilizamos bastante nos nossos deslocamentos por aqui e pretendo escrever algo sobre essa experiência por aqui.

Numa das ciclovias de Bogotá

Essa minha primeira experiência de bike por aqui consistiu num deslocamento entre Chapinero, bairro onde estou hospedado, e as imediações do Centro da cidade, num deslocamento de mais ou menos 12 km, considerando a ida e a volta. Segui por uma avenida menos movimentada e que tem uma ciclovia exclusiva no meio do passeio público e não compartilhada com pedestres. Usei o TemBici (há uma estação na esquina oposta ao apartamento em que estou) e para o deslocamento em questão gastei algo em torno de R$ 10.

Não vejo a hora de pegar outra bike para explorar a cidade mais uma vez nos três dias que me restam por aqui.

Algumas estatísticas do dia

  • Temperatura mínima: 9º
  • Temperatura máxima: 21º
  • Passos dados: 10989
  • Distância percorrida caminhando: 7,6 km

Tentei registrar as algumas das minhas impressões sobre essa viagem à Colômbia numa espécie de diário público. Segue o que escrevi nos dias anteriores: dia 14, dia 13, dia 12, dia 11, dia 10, dia 09, dia 08, dia 07.2, dia 07, dia 06, dia 05, dia 04, dia 03, dia 02, dia 01.

Todos esses pequenos relatos estão reunidos nessa página.

Viagem Colômbia 2024 - Dia 14

Ontem foi dia de conhecer o impressionante Parque Simón Bolívar, o maior da cidade e o Parque Ciudad de Los Niños, que ficam próximos e separados apenas por um rua.

À noite fomos à Zona T, uma parte da cidade com muitas lojas de marcas caras e famosas, além de restaurantes metidos a besta. Bacana conhecer numa caminhada despretenciosa, mas trata-se de uma área super gentrificada que não me interessa muito e para a qual não faço questão de voltar.


Lago do Parque Simón Bolívar


Ninoca posando no mesmo parque


Parque Ciudad de Los Niños


Zona T

Algumas estatísticas do dia

  • Temperatura mínima: 11º
  • Temperatura máxima: 21º
  • Passos dados: 20675
  • Distância percorrida caminhando: 14,5 km

Tentei registrar as algumas das minhas impressões sobre essa viagem à Colômbia numa espécie de diário público. Segue o que escrevi nos dias anteriores: dia 13, dia 12, dia 11, dia 10, dia 09, dia 08, dia 07.2, dia 07, dia 06, dia 05, dia 04, dia 03, dia 02, dia 01.

Todos esses pequenos relatos estão reunidos nessa página.

Viagem Colômbia 2024 - Dia 13


Museu do Ouro

Ontem foi o nosso primeiro dia completo aqui em Bogotá e eu, Nina e Márcia optamos por explorar o centro da cidade, com o objetivo principal de conhecer o Museu do Ouro.

O equipamento cultural está no mesmo nível dos grandes museus de metrópoles europeias e norteamericana, mas com um acervo muito particular já antecipado pelo próprio nome da instituição e constituído de milhares de exemplares de objetos oriundos da ourivesaria e metalurgia da América pré-hispânica - sobretudo colombiana e/ou andina.


Entorno do museu

Após algumas horas no museu, já perto do fim da tarde, resolvemos caminhar pelo entorno e acabamos chegando num quarteirão do Centro da cidade que abriga dezenas de livrarias e sebos, muitos dos quais especializados em conteúdo jurídico.


Museu de Arte Moderna de Bogotá

Seguimos andando a pés em direção ao apartamento onde estamos hospedados e acabamos chegando por acaso ao Parque de la Independência, que abriga o MAMBO, o Museu de Arte Moderna de Bogotá. Pelo avançar da hora, adicionamos adicionamos aquele equipamento cultural à lista de lugares a conhecer por aqui e tentaremos voltar nos próximos dias.

Primeiras impressões sobre o transporte em Bogotá

A despeito de a população da capital colombiana beirar os 8 milhões de habitantes, a cidade não dispõe de metrô. O transporte coletivo bogotano é baseado num amplo sistema de ônibus e BRTs e ontem tivemos a primeira experiência.

O apartamento onde estamos hospedados fica a cerca 200 m de uma estação de e usamos o sistema na ida e na volta do nosso deslocamento até o Centro. Pelo que deu para entender, as avenidas maiores funcionam como corredores para os BRTs. Outros ônibus de menor porte circulam por ruas menores. Todas as linhas e tempo de espera são acessíveis por um aplicativo específico da administração pública bem como através do Google Maps. Apesar disso foi um pouco complicado para nós descobrir sozinhos em que porta da estação cada ônibus parava, mas havia muitos funcionários com a informação na ponta da língua e muito solícitos.

Ainda sobre os BRTs, a área utilizada pelos veículos e aquela destinada às estações, deve ocupar pelo menos 3 faixas da via pública, o que denota o grau de prioridade que o sistema de transporte coletivo tem aqui em Bogotá. Lembro do burburinho que aconteceu em Natal quando, há uns 10 anos, começou a se implantar na cidade corredores exclusivos para ônibus em vias como a Salgado Filho, Prudente de Morais e Hermes da Fonseca.

Algumas estatísticas do dia:

  • Temperatura mínima: 10º
  • Temperatura máxima: 21º
  • Passos dados: 15809
  • Distância percorrida caminhando: 10,6 km

Tentei registrar as algumas das minhas impressões sobre essa viagem à Colômbia numa espécie de diário público. Segue o que escrevi nos dias anteriores: dia 12, dia 11, dia 10, dia 09, dia 08, dia 07.2, dia 07, dia 06, dia 05, dia 04, dia 03, dia 02, dia 01.

Todos esses pequenos relatos estão reunidos nessa página.

Viagem Colômbia 2024 - Dia 12

Escrevo já de Bogotá. Ontem, nosso último dia em San Andrés, tínhamos apenas a manhã para aproveitar a ilha, visto que o vôo que nos traria à capital colombiana sairia às 17h30.

Por já estarmos familiarizados com os tempos de deslocamento entre o albergue e a Praia Spratt Bigth, acabamos aproveitando os nossos últimos momentos no Caribe colombiano naquela praia próxima ao centro da ilha. Logo eu, que já escrevi uma canção meio autobiográfica sobre a minha falta de apreço por praias, vou sentir saudades dessa experiência nas praias de San Andrés. Tem sido realmente legal essa experiência de sentar protegido pela sombra de uns coqueiros, entrar no mar, beber uns drinques e continuar nesse movimento por algumas horas.

Anteontem à noite, quando eu e Nina saímos para comer no Centro de San Andrés, tínhamos como plano voltar de ônibus, mas como ficou um pouco tarde e a condução demorava para passar, acabamos retornando de táxi. Chegando ao hostel, o taxista não tinha troco. Combinamos de ele ficar com o todo o dinheiro na condição de nos levar para o aeroporto quando fóssemos deixar a ilha no dia seguinte. Fiz esse combinado já considerando que ele podia não honrar a palavra, mas com um atraso de apenas 5 minutos, ele veio nos buscar e chegamos com bastante tranquilidade e antecedência para seguir viagem.

O vôo que nos trouxe até Bogotá durou pouco mais de duas horas e comemoramos em silêncio quando o app do Uber indicava que o apartamento que ficaríamos hospedados estava a pouco mais de 20 minutos de carro do aeroporto. Nas duas primeiras pernas dessa viagem, em Belo Horizonte e Meddelin, precisamos passar cerca de 1h nos transportes entre os aeroportos e as hospedagens. Essas horas perdidas em deslocamentos são preciosas mesmo quando servem apenas como alguns momentos a mais para descanso.

Chegamos ao Airbnb perto das 21h e decidimos explorar a vizinhança. Além de uma estação de locação de bicicletas da Tembici, aqui pelas redondezas há alguns restaurantes, lanchonetes e um supermercado 24h bem grande e sortido. Hoje é dia de sair para explorar melhor o bairro em que estamos e o Centro de Bogotá, onde pretendemos visitar o Museu do Ouro.

Algumas estatísticas do dia

  • Temperatura mínima: 26º
  • Temperatura máxima: 32º
  • Passos dados: 7470
  • Distância percorrida caminhando: 5 km

Tentei registrar as algumas das minhas impressões sobre essa viagem à Colômbia numa espécie de diário público. Segue o que escrevi nos dias anteriores: dia 11, dia 10, dia 09, dia 08, dia 07.2, dia 07, dia 06, dia 05, dia 04, dia 03, dia 02, dia 01.

Todos esses pequenos relatos estão reunidos nessa página.

Viagem Colômbia 2024 - Dia 11

Em um lugar relativamente pequeno como a Ilha de San Andrés, com uma quantidade bem limitada de lugares para visitar, passamos a reconhecer uma série de pessoas que tínhamos visto em dias anteriores, ainda que não tenhamos trocado uma palavra sequer. Ontem isso aconteceu bastante, quando finalmente conseguimos fazer o passeio de barco que levava a outras duas ilhas menores, Johnny Cay e Rose Cay.

As embarcações que fazem esse roteiro saem de um cais localizado no Centro da ilha principal e, no nosso caso, levava cerca de 20 passageiros. Não sei se pela maré cheia ou por pura iniciativa do capitão do barco, o deslocamento até Johnny Cay foi “com emoção”, tal qual a modalidade ofertada pelos bugueiros de Genipabu. Durante todo o deslocamento, mais uma vez fiquei impressionado com a cor da água. Não chegamos exatamente a estar em alto mar, cuja referência de cor - aquele azul marinho super escuro - eu passei a ter após participar, como observador, de uma atividade de pesquisa do Projetos Mamíferos Marinhos do Rio Grande do Norte, que monitora as baleias Jubarte no litoral potiguar. Entretanto a distância da terra firme já era suficiente para trazer à superfície os meus instintos mais medrosos.


*Praia na Ilha de Johnny Cay. No horizonte, à esquerda, se vê a Ilha de San Andrés.

Ao chegar a esse primeiro destino do dia, teríamos duas horas horas para explorar. Toda a areia dessa e da outra ilha para a qual iríamos mais tarde era coberta por pedras e partes soltas dos corais próximos, de maneira que se recomendava ir com algum calçado para diminuir as chances de cortes nos pés. Nina e Márcia usaram as Melissas que já tinham e eu precisei comprar um tênis com um solado de borracha, que provavelmente nunca mais voltarei a usar, mas que pelo menos custou pouco - algo em torno de uns R$ 30.

A dita praia principal, provavelmente por estar em maré alta, estava com águas bem agitadas, o que fez do banho uma brincadeira divertida com Nina. Impossível não pensar no imaginário sobre ilhas remotas e pequenas construído pela literatura e cinema desde pelo menos o Século XVIII, com Robinson Crusoe e passando pelo Naufrágo de Tom Hanks ou por Lagoa Azul, filme que marcou bastante a minha geração, seja pela premissa do roteiro ou pela presença magnética de Brooke Shields.

Tentamos explorar o restante de Johnny Cay, que deve ter cerca de 2 Km², com a maré alta uma parte da ilha estava inacessível pela praia.

Perto do horário de saída para a continuação do passeio, decidimos almoçar por lá. A minha impressão geral sobre a comida na Colômbia até agora, é que os pratos, sobretudo as carnes, são muito pouco temperados para o meu paladar e sensibilidade brasileiros. Com exceção dos ceviches, que pelos próprios ingredientes utilizados trata-se de um prato com muitos condimentos e sabores, os preparos baseados e pescados ou frango têm sido bem sem graça por aqui.

Continuamos no barco em direção ao Aquário Haynes Cay, que é mais ou menos como os parrachos do litoral do Rio Grande do Norte, e de onde se pode ir “caminhando” até a Ilha Rose Cay. O local serve principalmente à observação do bioma dos corais, peixes como arraias e enguias.

No intuito de fazer fotos e vídeos e, principalmente, para usar o pagamento com os cartões virtuais, já embarcamos pela manhã com uma daquelas capas plásticas protetoras que servem para usar telefones na água. A nossa deu conta do recado até essa última etapa do passeio, quando Márcia, empolgada ao ouvir que uma arraia nadava por perto de onde ela estava, mergulhou para observar o peixe. O movimento fez com que entrasse água na capa e, provavelmente pelos altofalantes, o telefone também tenha recebido líquido, o que fez a tela ficar manchada e a o funcinamento do touch ficar estranho. Por um momento fiquei preocupado, pois vinha usando o aparelho para mapas, como meio de pagamento e outras formas mais óbvias de comunicação, mas logo desencanei e me dediquei a aproveitar os últimos momentos do passeio.

Amanhã será o nosso último dia aqui em San Andrés. As 17h voaremos rumo a Bogotá.

Algumas estatísticas do dia

  • Temperatura mínima: 25º
  • Temperatura máxima: 31º
  • Passos dados: 12679
    • Distância percorrida caminhando: 7,8 km

Tentei registrar as algumas das minhas impressões sobre essa viagem à Colômbia numa espécie de diário público. Segue o que escrevi nos dias anteriores: dia 10, dia 09, dia 08, dia 07.2, dia 07, dia 06, dia 05, dia 04, dia 03, dia 02, dia 01.

Todos esses pequenos relatos estão reunidos nessa página.

Viagem Colômbia 2024 - Dia 10

Ontem tínhamos como planos aqui em San Andres fazer um passeio até Johnny Cay, uma ilha menor que fica a cerca de 1,5 km da principal e aonde passaríamos o dia, mas com a maré alta, as idas de barco até lá estavam suspensas.

Acabamos antecipando uma programação que faríamos em outro dia e fomos conhecer o vilarejo de San Luis, que fica na parte leste da ilha e tem praias menos movimentadas que as do Centro.

Depois de anos veraneando em Tabatinga - durante a infância, na casa de tios; e desde 2007, na casa dos pais de Márcia - a praia do Litoral Sul potiguar é a minha régua quando preciso emitir opinão sobre outras. Coincidentemente, a praia em que passamos o dia ontem tem uma geografia que lembra bastante algumas enseadas de Tabatinga, mas com a cor do mar em diferentes tons de verde e azul, sobre a qual comentei ontem, e que é realmente uma coisa impressionante de se ver ao vivo.


Praia em San Luís, num dos vilarejos de San Andrés

Desde a nossa chegada no domingo à noite, a impressão que tenho é que ainda que seja um destino relativamente procurado por turistas estranjeiros, San Andrés é muito visitada por colombianos que vivem na parte continetal do país. Conversei com um senhor de Bogotá quando estive na praia Splat Bright e aqui no albergue há um grande movimento de famílias colombianas fazendo entrando e saindo desta hospedagem.

Saímos de San Luís por volta das 16h, no intuito de voltar ao hostel, trocar de roupa e irmos a outra parte da ilha para ver o por do sol. Mas já bem perto do albergue havia um cachorro enorme solto no meio da única rua de acesso, o que nos fez dar meia volta e após três tentativas de enfrentar a fera, reunimos coragem para seguir caminho, com o detalhe de que assim que passamos por ele, o perro entrou em casa. Desse modo, perdemos a hora de ir ao por do sol no lugar em que havíamos planejado e acabamos vendo na rua principal, perto de onde estamos.


Por do sol em Cabañas Altamar, bairro em que estamos hospedados em San Andrés

À noite decidimos, cansados de mais um dia com surra de praia, fizemos um macarrão no hostel e decidimos ficar por aqui mesmo.

Hoje, mais tarde, tentaremos fazer o passeio à ilha Jonny Cay, que ontem estava inacessível.

Algumas estatísticas do dias

  • Temperatura mínima: 26º
  • Temperatura máxima: 31º
  • Passos dados: 8659
  • Distância percorrida caminhando: 5,1 km

Tentei registrar as algumas das minhas impressões sobre essa viagem à Colômbia numa espécie de diário público. Segue o que escrevi nos dias anteriores: dia 09, dia 08, dia 07.2, dia 07, dia 06, dia 05, dia 04, dia 03, dia 02, dia 01.

Todos esses pequenos relatos estão reunidos nessa página.