Sem Classificação
- Meu contrabaixo – sob nenhuma hipótese poderá ser vendido ou dado a alguém. Deve ser eternizado, guardado em seu bag até o fim dos tempos.
- Meu violão – assim como o meu contrabaixo, jamais poderá ser passado para frente. Deve ser eternizado ao relento e sob o sereno, visto que não tem bag.
- Minha coleção de CD`s de música clássica – deve ser leiloada. O dinheiro arrecadado pode ser investido na compra de cestas básicas para famílias carentes. Uma parte do montante arrecadado pode ser destinado à compra de um bag para o meu violão, contribuindo assim para a sua eternização.
- Meu computador – sob nenhuma hipótese pode ser preservado. Deve ser inteiramente destruído para que não venha a tirar o sossego de outros mortais entre uma travada e outra. Em último caso, pode ser vendido a uma sucata que se comprometa a jamais fazê-lo funcionar.
- Minha cama – deve ser desmontada, lixada e transformada em fogueira de São João no ano seguinte (além de sempre me censurarem a brincar com fogos de artifício, meus pais nunca fizeram fogueira de São João em casa).
- Meus livros – podem ser queimados para ajudar a acender a fogueira. Afinal, eu nunca consigo lê-los todos. Em último caso podem ser doados às famílias que receberão as cestas básicas adquiridas com o leilão da coleção de CD`s de música clássica. Para tal, cada família beneficiada deve ceder uma cama. A fogueira precisa queimar!
- Meu ventilador – jamais pode ser tirado do meu quarto, para a tranqüilidade dos mortais sobreviventes que pensam em algum dia visitar o nada frio lugar que me abrigou durante tanto tempo.
- Meu pré-histórico aparelho de som 3 em 1 – quem se dispuser a consertar a saída de som, e gostar de ouvir vinis, pode se candidatar a uma prova de conhecimentos sobre pintura de pratos aplicada pela minha avó Iraci. Quem for aprovado com a melhor média, realmente se mostrará merecedor de tão valioso prêmio.
- Meus outros CD`s – devem ser doados todos aos meus companheiros do Seu Zé. Vai ser se assim , em minha memória, eles resolvem tirar as músicas que pedi a tanto tempo.
- Minhas roupas – devem ser doadas aos presos da Penitenciária João Chaves. Assim eles poderão improvisar uma enorme corda que possibilitará uma fuga em massa (sempre tive vontade de ver no RN TV uma notícia que dissesse: “Fuga em massa! Todos os presos da João Chaves fugiram”). Seria tão bom me esconder debaixo da cama. Eu sou magro, acho que ainda caibo.
- Minhas composições – devem ser vetadas a qualquer intenção maldosa de serem transformadas em versões de forró, pagode ou axé.
- Meu blog – deve ser redigido e transformado em biografia autorizada. Os lucros provenientes da venda dos livros devem ser revertidos em um processo de mumificação. Assim serei eternizado ao lado dos meus amados contrabaixo e violão. Tente vender muitos livros, porque mumificar um corpo com orelhas tão distintas é por natureza um projeto superfaturado.
- Minha conta bancária – quem se interessar em ficar com essa, deve primeiro quitar o cheque especial.
Reconciliação
Fiz as pazes com o coração, com a música, com a universidade. Por que não fazer as pazes com o blog?
Agora sim. Voltei cheio de vontade para postar. Acho que a melhor coisa que fiz foi ter dado um tempo. Não consigo escrever por escrever, como por compromisso. Se é para deixar o blog atualizado, sem pensar na natureza dos textos, prefiro não redigir nada.
Prezo muito pela paciência de quem visita esse espaço. Quem entra aqui já não deve ter o que fazer mesmo, então é mais que minha obrigação, por retribuição, escrever com carinho.
Estou de volta e farei o possível pra postar sempre coisas interessantes.
Seja bem vindo de volta, e vamos até onde a nossa paciência durar.
Papo Passado em reforma
Isso aqui não está do jeito que eu gosto. Poucos textos, poucas visitas, layout fraco e obrigado pelo servidor. Não quero postar nada nessa situação.
Prometo em breve pôr ordem na casa e voltar com tudo.
Brigadão pelos fiéis visitantes.
Volto em breve.
MADA, gravação do SeuZé e cinema em casa
Mada
Estou com preguiça de fazer uma resenha completa, mas resumindo, achei que as bandas locais deram um show de profissionalismo quando comparadas às de fora. The Walkmen não me convenceu, mas o Gram sim. Jorge Bem está velho demais, e show nem de longe foi o mesmo do MADA 2002.
Se é pra levantar os destaques, fico com Jane Fonda, Allface, Bugs, China e a jam Sepultura/Rappa.
Música
Ontem à noite fui ao Estúdio Promídia para iniciar a gravação dos baixos do 1° CD do Seu Zé. Prevenido, como geralmente não sou, levei comigo dois contrabaixos para fugir de algum possível imprevisto.
Azarado, como geralmente sou, os dois instrumentos apresentaram problemas, e a gravação foi adiada para a próxima quinta. Pra consolo, aí vai uma foto da maré baixa.
Cinema Comunitário
Em decorrência do cansaço gerado pelo MADA (leia-se ressaca, mesmo), e o fato de eu e alguns dos costumeiros telespectadores dos filmes exibidos conseguirmos chegar em nossos lares por volta das 9 da manhã, a seção do domingo passado foi adiada para o próximo. O filme ainda atende à proposta Stanley Kubrick: “Nascido Para Matar”. A seção é às 18h. Chegue cedo, e esteja preparada (o) para flatulências dos mais diversos odores e sons.
<strong>CINEMA COMUNITÁRIO AOS DOMINGOS</strong>
Quem me conhece bem, e quem não conhece também, sabe que há muito sou viciado e dependente da Internet para sobreviver. Houve mesmo a época em que todos os dias eu dormia durante o primeiro horário de aulas na faculdade por ter virado a noite anterior de frente para o PC.
Disposto a fugir de um colapso, de estar irreversívelmente condicionado a tal hábito, resolvi ficar longe do computador, gradativamente. Faz um bom tempo que não acesso a rede depois das 22h. De fato, morfeu deve ter sorrido discretamente. Enfim, já pode contar com a minha latência bem antes do que no passado.
Pela lógica, como Domingo é o éden dos netviciados, meu próximo passo seria cessar o uso nesse dia. Precisava eu de algo para ocupar o tempo que até então destinava a tão avassalador hábito.
Ia eu à cozinha, em mais um Domingo de Internet, quando fitei o aparelho de DVD desolado no canto da sala. Estava sendo sub-utilizado. Notei que havia se viciado pelo ócio, por nunca ser usado, por ser consumido pelas teias de aranha e pelos arranjos de flores da minha mãe.
Fizemos um pacto. Dali em diante, todos os domingos, ofereceríamos seção de cinema para alguns felizardos. Desde então, pontualmente às 18h, no referido dia, eu, os demais integrantes do Seu Zé e alguns amigos que por algum outro vício, ou pura falta de não ter o que fazer, nos reunimos em minha casa para assistir alguns filmes.
A escolha dos filmes está sendo feita por diretores. Começamos por Stanley Kubrick e o último visto foi o impressionante “O Iluminado”. Confesso que após ver esse filme, tive que ir dormir com a minha irmã por medo de enfrentar a escuridão da noite sozinho.
Próximo Domingo continuaremos a seção Kubrick. Sinta-se convidada (o).
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Sugestões
Filme: O Iluminado – Stanley Kubrick
CD: The Beatles – 1
Música: Mutantes - Virgínia
MINHA EGOÍSTA CARTA DE TESTAMENTO
(caso eu venha a falecer, veja se você está na lista, imprima esse texto, entregue aos meus pais, e requera o que lhe é de direito. Prazo de validade: dezembro/2004.)
CASA NOVA, VIDA NOVA
Já fomos blogger.com.br, já fomos blig.com.br, mas agora somos www.papopassado.weblogger.com.br.
A partir de agora, esse será o local dos meus devaneios, das mesmas besteiras de sempre.
A construção ainda não foi concluída, mas já tem parede que dê para armar pelo menos uma rede. Enquanto o acabamento não vem, pode trazer seu pinico, e dormir no chão mesmo, que a gente vai se ajeitando.
Estou esperando um layout novo, que em breve estará no ar. mas enquanto isso, vamos assim, no improviso mesmo.
Seja bem vinda(o) à nossa nova casa.
Estou pensando em fazer um churrasco de inauguração. Quem cede o espaço?
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P.S: Não consegui trazer os posts antigos para cá. Se alguém souber se tem como fazer isso, por favor me avisa.
Mas para quem quer ter acesso aos papos passados de outras paragens, aí vão os links:
www.papopassado.blogger.com.br
www.papopassado.blig.com.br
Divirta-se!
Aconteceu em Macau
Eu, Yvan e Ramon, meus companheiros de farra em Macau, estávamos voltando de mais uma noite de festas, quando no sentido oposto caminhavam três garotas. Despretecenciosamente, falei:
- Hummmmm, três à três.
Uma delas respondeu:
- Três à três não. Quatro à três. Eu estou grávida.
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(Carnaval de Macau-2004)
História musical de um jovem orelhudo e olherudo - Parte 3
Eu dizia: “Que porra é essa?”
Fonseca, que na época devia estar rompendo a barreira dos 40, era meu vizinho há um bom tempo e do seu violão só saía coisas estranhas e chatas que eu ainda não era capaz de compreender.
Depois de muito tentar sozinho e relutar, resolvi perturbá-lo.
- Seu Fonseca, afina meu violão, vai. Eu não estou conseguindo tocar.
Ele sorriu cinicamente, com certeza pensou: “como se você fosse conseguisse tocar mesmo o com violão afinado” e em seguida respondeu:
- Claro. É para já.
Voltei para casa feliz da vida. Agora, nada mais poderia me impedir.
Mas o pensamento de Fonseca se concretizou. Eu não consegui tocar nada. E o pior, o violão estava novamente desafinado. Eu, ingenuamente, pensava que uma vez afinado, o violão mantinha esse estado para sempre.
Nem pensei na possibilidade de voltar ao vizinho para ele reafinar o instrumento. Com esse quê de “A menina de lá”, vai que ele pensava que eu era gay. Aí já viu, né...
De fato, eu percebi que precisava urgentemente aprender como se afinava aquilo. Tanto tentei, que consegui. Já tocava algumas canções com a ajuda de revistinhas, e incrivelmente já afinava meu instrumento por conta própria. (Fonseca suspirou aliviado)
Meu pai queria que eu começasse a estudar música. Disse que iria contratar um professor particular para mim. Não sei porque, ou se inconscientemente eu já tinha um espírito autodidata, mas falei para ele que não queria. Eu estava satisfeito com a velocidade da minha evolução, e com o auxílio incondicional das minhas revistinhas.
Aos poucos a minha família estava se acostumando e cada vez mais eu ouvia menos coisas do tipo:
“Luis Felipe! Pare esse violão. Estou vendo a novela”
“Luis Felipe! Pare esse violão. Estou dormindo” (nunca entendi como meu pai reclama das coisas e diz estar dormindo)
“Luis Felipe! Pare esse violão. Estou estudando” (nunca entendi como minha irmã pensava que eu pensava que ela realmente estudava algo)
Não era muita coisa, mas eu já conseguia tocar coisas inteligíveis. Já pediam até que eu levasse o violão para a escola.
Mas, a guitarra já tinha entrado nas listas de desejos desse jovem orelhudo e olherudo potencialmente capitalista.
Para tal, eu não poderia ficar em recuperação na escola.
Esse era o problema...
Tô me guardando pra quando o Carnaval chegar
Vai ser foda. Há 3 anos não curto um carnaval. Se eu chegar vivo, conto como foi.
MACAU - 20/02.
<strong>CONSTATAÇÕES DOS ÚLTIMOS DIAS</strong>
Há alguns dias estou sozinho em casa. Minha família viajou e eu fiquei botando (des)ordem em tudo.
Apesar de dar medo à noite, é bem legal. Dá para a gente pensar a respeito de muita coisa, ouvir música no volume máximo e comer bagana o dia todo. Em meio a tudo isso, posso dizer que estou passando por um momento de autoreflexão e interiorização de boas energias. Em seguida estão algumas conclusões relevantes.
- Coca-cola e skol gelada são as bebidas mais saborosas do mundo;
- Arnaldo Baptista, Bach e Paul McCartney são os maiores compositores de todos os tempos;
- Minha memória é uma bosta;
- A música é a maior invenção da humanidade;
- Dinheiro é tão importante quanto saúde;
- Todo flamenguista é fresco;
- E os americanos, também;
- Os reality shows são a segunda pior invenção da humanidade;
- Usar feijão como alimento, a primeira;
- Assistir Fórmula 1 hoje em dia, é impossível;
- Futebol, também;
- Bervelly Hills 90210 (Barrados no Baile) foi a melhor série de TV de todos os tempos;
Novidades SeuZé
Como eu havia prometido, estou trazendo mais novidades sobre a banda. Na próxima Quinta estaremos tocando no Colégio Salesiano. Vai rolar uma feira de arte, a entrada é franca e tem tudo para ser bem legal. O Seu Zé deve tocar por volta das 18h30.
Outra notícia legal é que provavelmente até o fim desse ano estaremos lançando nosso primeiro CD DEMO. A previsão inicial é que 4 músicas componham o trabalho. Uma já está finalizada e disponível na Internet. Entre no canal do IRC #SeuZe e peça o mp3 de Antônio Conselheiro a algum OP.
No inicio de outubro entraremos em estúdio para gravar mais 3 músicas. As pré-selecionadas são as já conhecidas “Sai Galada”e “Plantando no Céu e Colhendo no Inferno”. A terceira provavelmente será a novíssima “Saudades do Sertão”. Essa música tem saído muito bem nos ensaios, e iremos estreá-la ao vivo no show de quinta-feira.
Pra fazer a pré-produção da gravação, entraremos em retiro esse fim de semana. Na Sexta à noite nos isolaremos, e só daremos notícias ao mundo Domingo à noite. Iremos provavelmente para a praia de cotuvelo ou para uma granja na cidade de Macaíba. Levaremos todos os instrumentos e parafernália de som para finalizar os últimos arranjos e detalhes das músicas a serem gravadas.
Para quem está cobrando fotos aqui no Blog...vou levar uma máquina fotográfica e prometo depois colocar algumas fotos do retiro.
Outros shows estão sendo agendados. Em breve trago mais notícias.
DICA DO DIA
Apesar de não ser nada musical, a dica de hoje não podia deixar de ser dada. TANAKA!!
Bixo, que lanche bom da porra! Ontem fui lá com a minha namorada e dei uma de animal. Quem já foi lá, sabe qual o tamanho do sanduba. Pois é...comi o meu e o de Lauren. Hehehe. Mas tem um detalhe...vá ao Tanaka da Bernardo Vieira. O rango de lá dá de 10 a 0 no Tanaka da Praça Cívica. Não tem PittsBurg, McDonalds ou Bobs que chegue perto. Acho que agora vou ganhar uns gramas a mais...
Notícias musicais
Bem, finalmente trago notícias musicais.
Para quem ainda não sabe vou dar uma recapitulada.
De janeiro de 2000 à janeiro de 2003, passei um período muito legal da minha vida tocando com o República 5. Infelizmente por problemas de desentendimento escolhi sair da banda. Esse assunto parece ainda não ter sido esclarecido. Muita gente ainda pergunta o porque, ou os porques. Bem, vou dar a minha versão. Sintam-se livres para ouvir “o outro lado”.
Dia 31 de janeiro de 2003, o República 5 fez seu último show com a antiga formação (Fellipe, Lipe, Gustavo e Carlinhos). Depois daí passamos mais de um mês sem ensaiar, sem tocar, nos falando muito pouco. Já fazia algum tempo que eu e Fellipe vínhamos insatisfeitos com algumas atitudes e opiniões de Carlinhos. Depois do show do dia 31, o clima estava tão chato a ponto de não mais telefonarmos para ele, e ele não telefonar para a gente. A coisa foi morgando, morgando...
Eu e Fellipe pensamos em conversar com Gustavo para saber qual a posição dele, se ele estava satisfeito ou não, mas achamos melhor deixar que ele falasse o que tava achando de maneira livre, sem pressão. Então decidimos sair da banda. Não estávamos satisfeitos em estar tocando com Carlinhos. Ao contrário de alguns boatos que ainda estão correndo por aí (que eu nem sei se foi mesmo Carlinhos que falou), que dizem que saímos por que tínhamos sidos postos para fora da banda, nós saímos por iniciativa própria. Preferimos sair da banda, começar do zero, para não precisar chegar pro cara e dizer: “Ei, você tá fora da banda. Vamos tocar com outro batera”. Abrimos mão de um nome relativamente conhecido, de um trabalho de três anos. Estávamos prestes a gravar nosso primeiro CD. Nossa agenda estava boa, estávamos tocando com uma boa frequência. Mas não estávamos felizes. Caímos fora. Gustavo continuou com Carlinhos, mas saiu pouco tempo depois.
Logo ao sair da banda eu Fellipe encabeçamos outro projeto e chamamos Xandi e Augusto (os dois ex-Garagem S/A) para compor a formação. Era o Ghandaia. Pouco mais de 1 mês de ensaios, estávamos tocando pela noite da cidade. Nesse intervalo de tempo, decidimos como essencial a presença de um percussionista. Depois de alguns testes, Cyro entrou e fechou a formação da banda. Mas, a dois meses atrás fomos pegos de surpresa com um e-mail. Havia outra banda com nome Ghandaia, nos EUA. Nos descobriram em alguns sites de bandas independentes, e como eles tinham o registro da marca Ghandaia, fomos forçados a mudar de nome.
O nome escolhido foi Seu Zé. Faz mais ou menos 2 meses que estamos só ensaiando, compondo e pensando no nosso som. O Seu Zé está pronto, de repertório novo e muito motivado.
AGENDA
Quinta-feira, 18/09, será o primeiro show dessa nova fase. O Seu Zé vai tocar no Fest Art do Colégio Salesiano. A entrada é franca e a festa começa por volta das 18h.
Tenho mais novidades sobre a banda, mas o trabalho me chama. Assim que eu tiver um tempinho, posto mais.
Valeu.