Quando a educação pede socorro - #SOS4Centenário

A Escola Municipal 4º Centenário, onde orgulhosamente trabalho há 8 anos está enfrentando um momento delicado. Após 20 anos de parceria com a UnP, período no qual utilizamos as instalações da universidade, estamos sem espaço definido para funcionar a partir de 2020.

Ao longo dessas duas décadas, nossa escola acumulou inúmeras conquistas, fruto de um trabalho sério e de muita dedicação: durante muito tempo tivemos o maior IDEB entre as escolas municipais de Natal; fomos a escola que mais aprovou para exames de seleção para o IFRN e Escola Agrícola de Jundiaí; tivemos inúmeros alunos medalhistas nas Olimpíadas de Matemática, Astronomia e nosso projeto de robótica é pioneiro na educação pública do Rio Grande do Norte.

Mas, infelizmente, ao longo desses 20 anos, não tivemos o reconhecimento merecido que seria a construção de um espaço próprio para que desenvolvamos os nossos trabalhos e projetos.

Diante disso, convocamos toda a comunidade escolar do 4º Centenário para uma mobilização que ocorrerá na próxima quinta-feira, com concentração marcada para as 13h30 em frente à escola e com saída rumo à prefeitura às 14h.

Convocamos alunos (as), ex-alunos (as), professores(as), ex-professores(as), funcionários(as), ex-funcionários(as), pais, mães, responsáveis e todos os que de alguma forma se importam com a educação pública de qualidade a exigirem conosco:

  1. Um plano construção de um prédio próprio para o 4º Centenário;
  2. A oficialização do lugar temporário em que a escola funcionará enquanto o prédio próprio não estiver pronto.

Todos juntos por um 4º Centenário forte e estruturado!

#SOS4centenario

Mais um Murakami para a conta

Acabo de ler O incolor Tsukuru Tazaki e os seus anos de peregrinação, de Haruki Murakami e mais uma vez uma obra do escritor japonês me deixa em estado reflexivo. Pelos registros que mantenho no meu Goodreads, esse é o sétimo livro que leio do autor. Antes, passei por Do que eu falo quando eu falo de corrida, 1Q84, Kafka à Beira Mar, Norwegian Wood, O elefante desaparece e Romancista como vocação

Algumas temáticas recorrentes nos títulos que eu já havia lido reparecem nesse “Incolor Tsukuru”, mas não chegam a desabonar a obra para mim. Muitas referências a comida, exercícios físicos e música, muita música. Mais uma vez a música assume um papel central no texto de Murakami, como um personagem que ajuda a dar sentido à narrativa. De alguma forma, a maneira como o japonês se utiliza da música me faz lembrar alguns filmes da Nouvelle Vague francesa, em especial Um Homem, Uma Mulher, em que Claude Lelouch explora execuções musicais de uma forma que me tocou bastante.

Pela primeira vez, senti algum incômodo com o estilo de narrativa do autor. Não sei se deixei passar batido na leituras anteriores, ou se é realmente uma questão específica do livro que acabei de ler, mas percebi uma adjetivação exagerada nas descrições de cenários e personagens, recurso que, na minha opinião, tolhe do leitor a possibilidade de concluir por si só alguns aspectos da narrativa, bem como de criar seus próprios julgamentos sobre características de personagens.

Mas, sem dúvidas, um aspecto que sempre me chama a atenção nos escritos desse romancista nipônico, é o viés de disciplina que sempre emerge de alguns de seus personagens. A natação quase sagrada de Tsukuru, a dedicação de Preta no trato com a cerâmica. Sempre que me deparo com esse elemento tão ressaltado da cultura oriental, tenho a vontade de trabalhar um pouco mais a disciplina na minha rotina. Seja em busca de uma alimentação mais saudável ou de uma rotina de atividades físicas mais regulares, seja na organização da minha vidaprofissional.

Mais uma vez, os personagens de Haruki Murakami trazem pra mim esse insigth da disciplina.

Finalizo esse texto na indecisão sobre que livro começarei a ler na sequência. Estavam nos meus planos iniciar a trilogia biográfica de Getúlio Vargas escrita por Lira Neto, concluir O fim do homem soviético, que é gigante, mas já avancei para além da metade, mas devo começar outro ainda não lido de Murakami.

Enquanto isso, vou aqui no Irachai do Midway pegar alguns sushis e sashimis para o almoço.

Newsletter

Estou organizando uma newsletter pra manter contato com as pessoas que deixei de dar e ter notícias desde que passei a me afastar um pouco das redes sociais.

Pretendo mandar um e-mail por semana, compartilhando um pouco do que tenho lido, ouvido, assistido e outras coisas que mexem positivamente com a cuca.

Filmes vistos em 2018


Montagem automática gerada pelo Letterboxd com os pôsteres de todos os filmes que assisti em 2018

Desde 2016 passei a registrar os filmes que assisto. Foi quando comecei a utilizar o Letterboxd, uma rede social/plataforma voltada para cinema. Além do fator social, de poder acompanhar o que as pessoas que você segue têm assistido e que impressões têm postado, o Letterboxd tem um sistema de estatísticas fantástico que gera dados a partir das películas que você registra por lá.

No meu year in review de 2018, a plataforma me avisa que assisti 24 filmes ao todo.

No geral foi um ano em que assisti a muitas séries e acabei vendo bem menos filmes do que gostaria. Dos que consegui assistir, os que mais me marcaram foram Call me By Your Name (o monólogo do fim do filme é um das cenas mais marcantes dos últimos tempos para mim), Love is Strange e Little Man (ter descoberto a filmografia de Ira Sachs foi uma grata surpresa).

Seguem abaixo algumas estatísticas geradas pelo Letterboxd para os filmes que assisti ao longo do ano.


Resumo 2018


Distribuição anual e semanal de filmes assistidos


Primeiro e último filmes assistidos em 2018


Filmes assistidos por país


Gêneros, países e idiomas


Diretores mais assistidos em 2018


Atores e atrizes mais assistidos em 2018


Desde 2016 venho reunindo aqui no blog as estatísticas que o Letterboxd gera a cada ano. Veja como foi nos anos anteriores: 2017, 2016.

Todos esses compilados anuais estão reunidos aqui.

Livros lidos em 2018

Mantendo a tradição por aqui, segue a relação de livros lidos ao longo do ano, com alguns comentários sobre os títulos que mais me chamaram a atenção.

Confesso que perdi: memórias
Juca Kfouri

Dados e homens: a história de Dungeons & Dragons e seus jogadores
David M. Ewalt

Sete Anos Bons Etgar Keret

Trinta e poucos: crônicas
Antônio Prata

Como as democracias morrem
Steven Levitsky e Daniel Ziblatt

Norwegian Wood
Haruki Murakami

Nu, de botas
Antônio Prata

De repente, uma batida na porta
Etgar Keret


Desde 2016 venho listando as minhas leituras anuais. Veja que livros foram lidos por aqui em anos anteriores: 2017, 2016.

Todos esses compilados anuais estão reunidos aqui.

Pelada de Society em Capim Macio. Quartas-feiras, 20 às 22h. Faltando uma vaga de mensalista para começarmos. Alguém?!

Paternidade em tempos de YouTube

No dia em que Nina nasceu recorri ao YouTube para aprender como segurar um recém-nascido e trocar fraldas. Dois anos depois fiz o mesmo para conseguir desembaraçar o seu cabelo.

Não há, porém, YouTube que me treine para pôr touca de natação de maneira aceitável.

Carimbo

Tento pegar um remédio para Nina na Farmácia Popular e atendente nega. Motivo: a médica havia carimbado apenas uma das duas vias da receita. 2018 e o carimbo continua umas das invenções mais estranhas da humanidade.

Mário Prata já tinha cantado essa bola.

De volta à Florença renascentista


Imagem de divulgação do jogo Assassins Creed II (Ubisoft)

No último domingo voltei a jogar Assassin’s Creed II. Eu havia comprado uma cópia digital do jogo pouco depois de pegar o meu Xbox One, em 2016.

Antes de recomeçar o game da Ubisoft, procurei as estatísticas da primeira tentativa e vi que eu já tinha pouco mais de 7 horas de gameplay. Mesmo assim, optei por começar do zero mais uma vez. Além de não lembrar dos comandos, já estava esquecido dos principais elementos da narrativa.

Na realidade, a motivação para voltar ao jogo veio após ouvir, num Braincast, as impressões de Carlos Merigo sobre o Assassin’s Creed Origins, e sobre como o debute de Ézio na franquia continuava convincente. Fiquei realmente bastante empolgado após recomeçar. Mesmo considerando que os gráficos parecem ter envelhecido muito rápido após cerca de 9 anos de lançamento e constatando que algumas mecânicas são bem repetitivas, a narrativa do jogo é muito cativante.

Acredito que desisti durante a primeira tentativa por ainda não estar tão acostumado aos controles analógicos de jogos em terceira pessoa. À época eu havia recém comprado meu Xbox One e quando tive o 360, joguei muito pouco. Dessa forma, faltava-me habilidade e segurança para encarar os controles dos videogames modernos. Esses dois anos de imersão nos game trouxeram-me mais segurança e destreza, de modo a ter bem mais facilidade para encarar desafios que o jogo propõe, nessa nova investida.

Também penso que a ansiedade para jogar o máximo de títulos possíveis num curto intervalo de tempo tenha me feito pular de um jogo para outro, me levando a abandonar vários gameplays iniciados. Penso que controlei melhor essa ansiedade. Tenho comprado menos jogos e aceitado olhar com mais atenção para a grande biblioteca que acumulo no console da Microsoft. Inclusive outros títulos da série da Ubi: Assassin’s Creed III e Brotherhood.

Tenho constatado que os jogos em terceira pessoa costumam me cativar mais. Desde que voltei a ter uma rotina gamer, a partir do segundo semestre de 2016, os games que têm me dado vontade de continuar e me prendido pela imersão, têm essa premissa.: Watch Dogs, GTA V, Zelda Breath of The Wild e o próprio ACII.

Cheguei a tentar jogar novamente Fallout 4, mas a experiência em primeira pessoa não tem me atraído tanto.

Enfim 2018

A gente tenta fugir do clichês, mas alguns deles nos engolem. O ano no Brasil só começa após o Carnaval. O efeito psicológico que a festa momesca ao servir como marco para início efetivo do ano é impressionante. Especialmente para mim, cujas férias sempre acontece, em janeiro. Quando o Carnaval ocorre no começo de fevereiro, a sensação fica ainda mais forte.

Ontem, quarta-feira de cinzas, foi dia de fica em casa. Passei a manha use toda no computador, lendo coisas relacionadas a produtividade, incluindo referências e casos de pessoas anônimas que usam esse Day One para manter um diário. Passei um bom tempo desligado de conteúdo escrito sobre tecnologia, aplicativos. Mas uma certa inércia provocada após refletir sobre o meu uso de rede sociais me levou a algumas escolhas.

Saí de uma série de grupos de Whatsapp, apaguei o aplicativo do Facebook do meu telefone (acabei de fazer o mesmo em relação ao iPad do qual escrevo), e deixei de seguir uma série de perfis no Twitter e Instagram. Tudo seguindo a máxima de usar o meu tempo de uma forma mais proveitosa e de tentar amenizar a ansiedade que o uso dessas formas do conexão trazem.

Venho refletindo bastante sobre a passividade no consumo de conteúdo que o Facebook e similares incitam. Sinto falta de um tempo não muito distante em que o meu uso da internet era mais proativo, sem depender do que o algoritmo das redes sociais azuis me sugerem. Seja lendo e participando de fóruns como o Making Off, ou visitando os próprios sites produtores de conteúdo, tenho uma certa saudade de como a internet funcionava para mim antes do estabelecimento do Facebook, em especial.

Na busca por mais autonomia sobre o meu consumo digital, me vi voltando a utilizar o a Feedly, seguindo novos conteúdos ou retomando alguns antigos dos quais já fui fiel leitor. Mesmo considerando que devo realmente reduzir minha presença nas redes sociais, preciso ter cuidado para não me abarrotar com um feed cheio de noticiais não tão significativas, que acabariam me privando daqueles conteúdos que eu já havia decidido priorizar em 2018: livros e filmes.

Ainda não engrenei em nenhuma leitura nesse ano. Recomecei a ler o “Sapiens” em janeiro, mas o livro ainda não me fisgou. Vou tentar como estratégia manter duas leituras simultâneas: um livro de ficção e outro de não-ficção. O obstáculo que vim colocando para mim mesmo nas últimas semanas é que precisava encontrar a leitura ideal no Lelivros ou comprar algo novo na Amazon. Mas não posso me enganar. Minha estante e Kindle estão cheios de coisas esperando a minha atenção.

Pela praticidade, dessa vez vou priorizar o e-reader e começar hoje mesmo o último de Murakami que pus do leitor.