De volta à Florença renascentista

Imagem de divulgação do jogo Assassins Creed II (Ubisoft)

No último domingo voltei a jogar Assassin’s Creed II. Eu havia comprado uma cópia digital do jogo pouco depois de pegar o meu Xbox One, em 2016.

Antes de recomeçar o game da Ubisoft, procurei as estatísticas da primeira tentativa e vi que eu já tinha pouco mais de 7 horas de gameplay. Mesmo assim, optei por começar do zero mais uma vez. Além de não lembrar dos comandos, já estava esquecido dos principais elementos da narrativa.

Na realidade, a motivação para voltar ao jogo veio após ouvir, num Braincast, as impressões de Carlos Merigo sobre o Assassin’s Creed Origins, e sobre como o debute de Ézio na franquia continuava convincente. Fiquei realmente bastante empolgado após recomeçar. Mesmo considerando que os gráficos parecem ter envelhecido muito rápido após cerca de 9 anos de lançamento e constatando que algumas mecânicas são bem repetitivas, a narrativa do jogo é muito cativante.

Acredito que desisti durante a primeira tentativa por ainda não estar tão acostumado aos controles analógicos de jogos em terceira pessoa. À época eu havia recém comprado meu Xbox One e quando tive o 360, joguei muito pouco. Dessa forma, faltava-me habilidade e segurança para encarar os controles dos videogames modernos. Esses dois anos de imersão nos game trouxeram-me mais segurança e destreza, de modo a ter bem mais facilidade para encarar desafios que o jogo propõe, nessa nova investida.

Também penso que a ansiedade para jogar o máximo de títulos possíveis num curto intervalo de tempo tenha me feito pular de um jogo para outro, me levando a abandonar vários gameplays iniciados. Penso que controlei melhor essa ansiedade. Tenho comprado menos jogos e aceitado olhar com mais atenção para a grande biblioteca que acumulo no console da Microsoft. Inclusive outros títulos da série da Ubi: Assassin’s Creed III e Brotherhood.

Tenho constatado que os jogos em terceira pessoa costumam me cativar mais. Desde que voltei a ter uma rotina gamer, a partir do segundo semestre de 2016, os games que têm me dado vontade de continuar e me prendido pela imersão, têm essa premissa.: Watch Dogs, GTA V, Zelda Breath of The Wild e o próprio ACII.

Cheguei a tentar jogar novamente Fallout 4, mas a experiência em primeira pessoa não tem me atraído tanto.

Enfim 2018

A gente tenta fugir do clichês, mas alguns deles nos engolem.

O ano no Brasil só começa após o Carnaval. O efeito psicológico que a festa momesca ao servir como marco para início efetivo do ano é impressionante. Especialmente para mim, cujas férias sempre acontece, em janeiro. Quando o Carnaval ocorre no começo de fevereiro, a sensação fica ainda mais forte.

Ontem, quarta-feira de cinzas, foi dia de fica em casa. Passei a manha use toda no computador, lendo coisas relacionadas a produtividade, incluindo referências e casos de pessoas anônimas que usam esse Day One para manter um diário. Passei um bom tempo desligado de conteúdo escrito sobre tecnologia, aplicativos. Mas uma certa inércia provocada após refletir sobre o meu uso de rede sociais me levou a algumas escolhas.

Saí de uma série de grupos de Whatsapp, apaguei o aplicativo do Facebook do meu telefone (acabei de fazer o mesmo em relação ao iPad do qual escrevo), e deixei de seguir uma série de perfis no Twitter e Instagram. Tudo seguindo a máxima de usar o meu tempo de uma forma mais proveitosa e de tentar amenizar a ansiedade que o uso dessas formas do conexão trazem.

Venho refletindo bastante sobre a passividade no consumo de conteúdo que o Facebook e similares incitam. Sinto falta de um tempo não muito distante em que o meu uso da internet era mais proativo, sem depender do que o algoritmo das redes sociais azuis me sugerem.
Seja lendo e participando de fóruns como o Making Off, ou visitando os próprios sites produtores de conteúdo, tenho uma certa saudade de como a internet funcionava para mim antes do estabelecimento do Facebook, em especial.

Na busca por mais autonomia sobre o meu consumo digital, me vi voltando a utilizar o a Feedly, seguindo novos conteúdos ou retomando alguns antigos dos quais já fui fiel leitor. Mesmo considerando que devo realmente reduzir minha presença nas redes sociais, preciso ter cuidado para não me abarrotar com um feed cheio de noticiais não tão significativas, que acabariam me privando daqueles conteúdos que eu já havia decidido priorizar em 2018: livros e filmes.

Ainda não engrenei em nenhuma leitura nesse ano. Recomecei a ler o “Sapiens” em janeiro, mas o livro ainda não me fisgou. Vou tentar como estratégia manter duas leituras simultâneas: um livro de ficção e outro de não-ficção. O obstáculo que vim colocando para mim mesmo nas últimas semanas é que precisava encontrar a leitura ideal no Lelivros ou comprar algo novo na Amazon. Mas não posso me enganar. Minha estante e Kindle estão cheios de coisas esperando a minha atenção.

Pela praticidade, dessa vez vou priorizar o e-reader e começar hoje mesmo o último de Murakami que pus do leitor.

Filmes vistos em 2017

Montagem automática gerada pelo Letterboxd com os pôsteres de todos os filmes que assisti em 2017

Desde 2016 passei a registrar os filmes que assisto. Foi quando comecei a utilizar o Letterboxd, uma rede social/plataforma voltada para cinema. Além do fator social, de poder acompanhar o que as pessoas que você segue têm assistido e que impressões têm postado, o Letterboxd tem um sistema de estatísticas fantástico que gera dados a partir das películas que você registra por lá.

No meu “year in review” de 2017, a plataforma me avisa que assisti 42 filmes ao todo.

Seguem abaixo algumas estatísticas geradas pelo Letterboxd para os filmes que assisti ao longo do ano.

Resumo 2017
Distribuição anual e semanal de filmes assistidos
Primeiro e último filmes assistidos em 2017
Filmes assistidos por país
Gêneros, países e idiomas
Atores e atrizes mais assistidos em 2017

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Desde o ano passado venho reunindo aqui no blog as estatísticas que o Letterboxd gera a cada ano. Veja como foi em 2016.

Todos esses compilados anuais estão reunidos aqui.

Livros lidos em 2017

Com um Xbox One e um Nintendo Switch em casa, em 2017 a leitura comeu poeira para os videogames. Mas, para manter a tradição por aqui, segue a relação de livros lidos ao longo do ano.

Rita Lee: uma autobiografia
Rita Lee

Escrevi um pouco sobre a autobiografia de Rita Lee, aqui.

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Desde 2016 venho listando as minhas leituras anuais. Veja que livros foram lidos por aqui em anos anteriores: 2016.

Todos esses compilados anuais estão reunidos aqui.

Mais ouvidas em 2017

A tentação de culpar Nina pelos resultados inesperados, é grande. Mas pode botar “De Nada” e “Se enamora” na minha conta.

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Desde 2016 venho listando aqui no blog as minhas estatísticas de músicas e discos ouvidos. No ano passado ficou assim: 2016.

Todos as estatísticas anuais estarão reunidas aqui.

Ir ao cinema na província

Ontem, feriado dos Mártires de Cunhaú e Uruaçú, fui ao cinema com Nina e Márcia. Estávamos pensando em algo para entreter a pequena e numa rápida pesquisa na programação de filmes da cidade, vi que o Lego Ninjago seria uma boa opção.

Rapidamente trocamos de roupa e rumamos para o Cinemark do Midway.

Ainda não tinha visto nenhuma animação baseada no universo do brinquedo mais famoso da Dinamarca e fiquei bastante surpreso com a qualidade da produção. Detrator confesso do 3D no cinema, achei que as três dimensões couberam bem ao desenho. Fiquei curioso para ver outros desenhos da franquia.

Mais uma vez, constatei que passar muito tempo nos espaços públicos natalenses trazem o risco de sermos expostos a absurda ausência de civilidade que impera na província. Seja no trânsito, filas de banco ou estádios de futebol. Todo dia algo para lamentar.

Ontem, uma senhora que sentava atrás de mim e , ao que indica, estava com os netos, entretia uma das crianças que acompanhava com algum conteúdo que explodia em sons e luzes de um telefone celular.

O mais lamentável da situação é que a senhora parecia convicta de não estar fazendo nada de errado. Após ouvir chiados que imperavam silêncio, chegou a dizer que só desligaria o telefone, para evitar ter que brigar.

A minha formação me impele a relativizar a situação, considerando que a mal educada em questão vem de outro tempo, teve outra educação e não é totalmente culpada da falta de senso coletivo. Sem ironia, até concordo com esse abrandamento. O que dói é constatar que em Natal a a confusão do público com o privado e a falta de civilidade não são questões generacionais e que a minha Ninoca provavelmente ainda viverá numa cidade em que o egoísmo e o pensamento pequeno ainda estarão em voga.